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O consumo de etanol hidratado no Rio Grande do Sul caiu 15,98% no ano passado em relação a 2011, alcançando um volume de 115.216 metros cúbicos. O desempenho é o menor dos últimos dez anos, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em 2003, o consumo desse combustível foi de 151.745 metros cúbicos. O melhor resultado foi obtido no ano de 2009, com 403.028 metros cúbicos. “O consumo de álcool diminuiu no Brasil, porém reduziu mais ainda no Rio Grande do Sul”, enfatiza o coordenador do Escritório Regional Sul da ANP, Edson Silva.
Uma das explicações para o baixo consumo do etanol hidratado no Estado, aponta o dirigente, é o ICMS mais elevado na região. Enquanto o percentual médio do imposto no País é de 16,1%, no Rio Grande do Sul a alíquota é de 25%. Em São Paulo, por exemplo, é ainda menor: 12%. Outra questão é que o Rio Grande do Sul “importa” de outros estados praticamente toda a sua necessidade de etanol. Silva revela que o consumo seria inferior se as locadoras de veículos não praticassem o “truque” de encher os tanques dos seus automóveis com álcool. “É uma situação que está desafiando as autoridades a formular uma política pública e estimular a oferta de etanol no Estado”, defende Silva.
O dirigente apresentou ontem o balanço do mercado de combustíveis no Rio Grande do Sul. Na ocasião, ele destacou que a qualidade da gasolina no Estado é superior a da média nacional, mas o preço também é. O índice de não conformidade da gasolina no Rio Grande do Sul, em janeiro deste ano, era de 0,2% e no Brasil era de 1,5%. Entretanto, em dezembro, enquanto o custo médio do combustível no Estado era de R$ 2,774 o litro, no País era de R$ 2,754.
O consumo aparente de gasolina comum no Rio Grande do Sul teve um crescimento de 9,52% no ano passado, em comparação a 2011, e o diesel um incremento de 3,18% no mesmo período. Já a produção de biodiesel diminuiu, passando de 862.110 metros cúbicos em 2011 para 806.500 metros cúbicos no ano passado.
Silva também comentou sobre a recente condenação que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou em um caso de cartel de combustível em Caxias do Sul. As multas atingiram o patamar de R$ 65 milhões e foram impostas a dez postos e 12 empresários. O dirigente adianta que o Cade está examinando outros possíveis casos no Estado e avalia que a punição sempre inibe essa prática ilegal.
Fonte: Jornal do Comércio/RS
13/03/2013
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