A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) informa que a redução de custos da gasolina nas refinarias, divulgada pela Petrobras no dia 14 de outubro, não está sendo repassada pelas distribuidoras aos postos revendedores, o que impossibilitou a diminuição do combustível ao consumidor final. O principal motivo é que o custo final da gasolina permaneceu praticamente inalterado em função do impacto da alta do preço do etanol anidro, misturado à gasolina em 27%, cujo aumento significativo anulou a redução de preços da gasolina pela Petrobras. De 1º a 14 de setembro, o reajuste foi de 18,52%, conforme índice do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz (Cepea/Esalq). Desde 13 de maio, auge da safra, até hoje, o reajuste é de 33%.
Outra situação que preocupa é custo final do óleo diesel. No último leilão de biodiesel, promovido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), conforme divulgado pela BiodieselBR, as distribuidoras adquiriram o biocombustível 19% mais caro em relação ao leilão anterior, ou seja, nos próximos dias tal aumento deverá ser repassado para o custo do óleo diesel B, que recebe a adição de 7% de biodiesel.
Esclarecemos que, em função dos custos mais elevados do etanol anidro e do biodiesel que impactam diretamente no custo final da gasolina e do óleo diesel, os postos não compraram os combustíveis com menor preço, mas estão sendo acusados injustamente pelo não repasse de custos da Petrobras ao consumidor.
A Fecombustíveis ressalta que a redução de custos dos combustíveis nas refinarias pela Petrobras não considera os custos dos biocombustíveis, que são embutidos no preço final da gasolina e do diesel. Destacamos que, desde a liberação de preços dos combustíveis pelo governo federal, o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada posto revendedor decidir se irá repassar ou não os aumentos e/ou reduções de preços ao consumidor, de acordo com as suas estruturas de custo. A Fecombustíveis não interfere no mercado e zela pela livre concorrência e pela livre iniciativa, em defesa de um Brasil melhor para todos.
20/10/2016
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